Dicas do chef: 5 técnicas de peixes que vão te salvar na cozinha

Cozinhar peixes e frutos do mar não é um bicho de sete cabeças, e a gente explica por quê.

Com um litoral enorme e clima quente quase o ano todo em todas as regiões, o Brasil tem um farto cardápio de comidas à base de peixes e frutos do mar: de moquecas e ensopados a peixe na brasa, passando por camarões empanados ou na moranga, além de iguarias como casquinha de siri e lula à dorê.

No entanto, apesar de ser um alimento comum à mesa, o peixe ainda suscita dúvidas na cozinha. Por isso, elencamos cinco técnicas e dicas essenciais que vão salvar os preparos feitos com os ingredientes dos mares e rios. Veja a seguir:

Escolha seu peixe
Nem todo peixe serve para todo tipo de preparo. Portanto, é importante saber o que você quer cozinhar antes de escolher o ingrediente. Peixes mais carnudos, como o cação e a pescada-amarela, são bons para ensopados, pois não se desfazem; o salmão é ótimo para fazer no forno ou na frigideira, por ser mais gorduroso e se manter firme; já filés como tilápia e merluza são bons empanados, pois têm fibras delicadas.

Tempere bem
Sal, pimenta e limão são uma combinação impossível de dar errado no tempero dos peixes. Lembre-se de que por serem carnes brancas, eles não devem marinar por mais de 15 minutos. Isso vale para frutos do mar também. Se quiser ousar no tempero, aposte no tomilho, na sálvia e no alecrim. O lemon pepper também fica ótimo com camarão. O curry e páprica são especiarias menos óbvias, mas que podem dar um sabor exóticos e especial às preparações.

Seque o alimento
Seja no forno ou na frigideira, secar muito bem a posta de peixe ou o fruto do mar ajuda na hora do cozimento. O ingrediente solta menos água. Se estiver sendo salteado fica mais crocante, se for empanado vai ficar mais sequinho.

Aposte no papelote
Assar no forno é uma técnica simples e saborosa. Mas há uma variação dela que vale a pena aprender. Trata-se do papelote. A técnica que consiste em cozinhar o peixe no forno em uma trouxa de papel-manteiga ou alumínio é ótima para carnes delicadas, pois o alimento é cozido em seu próprio suco. O resultado é um prato leve e muito saboroso. Além disso, o papelote não suja a assadeira!

Sele seu peixe
Salmão e atum são peixes de águas profundas e frias, com textura firme, que aguenta bem o cozimento por calor direto. Além de poderem ser consumidos cozidos, esses peixes também são ótimos crus - que o diga a cozinha japonesa. Por essa razão, são ótimos para a técnica de selagem, em que toletes ou cubos grandes de peixe são passados por todos os lados em frigideira quente até mudar de cor, mas não o suficiente para atingir a temperatura de cozimento no interior. Assim, eles ficam cozidos por fora, mas levemente quentes no centro. Ótimo para dias quentes ou para acompanhar saladas. A técnica também pode ser feita com ajuda de outros ingredientes como crosta de gergelim ou uma farofa de pão temperada com orégano, por exemplo.